terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Uribe foi vestir lã na França e saiu tosquiado

Por ANNCOL/Carlos Andrés Gómez traduzido por ANNCOL - Brasil
Algo estranho ocorreu ao chefe da motossera, Álvaro Uribe, no Eliseo, pois todos pudemos ver a cara desfigurada que tinha ao sair do encontro com o Presidente Francês Nicolas Sarkozy. E foi muito significativo que Uribhitler não tenha acompanhado Sarkozy na improvisada coletiva de imprensa, quase na rua, como se trata a um convidado de quinta classe.

Foi tal a situação frente a um desolado microfone que o narco-paramilitar Uribe gaguejava e começou a falar do encontro anterior com Sarkozy, quando este não era presidente, e outras amenidades. E disse nada. Não é segredo para ninguém que na diplomacia quando existe algum acordo, mesmo que sejam mínimos, o anfitrião acompanha seu visitante em uma coletiva de imprensa. Mas não! Álvaro ‘motossera’ Uribe estava ali desolado e desconcertado a tal ponto que não quis responder perguntas dos jornalistas que ali estavam presentes. A propósito, onde estava a mentirosa imprensa colombiana para que informasse essa vexatória situação presidencial.

Lendo o comunicado de imprensa da Presidência da França se pode entender porque o desconcerto de motossera Uribe (*o comunicado é reproduzido ao final deste artigo, também pode ser visto aqui). Nele Sarkozy apresenta dois elementos centrais que dizem muito do que se passou no mencionado encontro.

O Presidente francês disse a Uribe que “quanto ao restabelecimento direto dos ‘3’ países (Suíça, Espanha, França) juntos com esta facilitação, o presidente enfatizou que poderia, em seu ponto de vista, se útil se estes esforços de facilitação tiverem garantias de independência e margem de discussão essencial para seu êxito” (grifos do autos). Isso não é outra coisa que deixa pelo chão a reciclada proposta militarista de Uribe e seu séqüito paramilitar.

O outro elemento importante está referido, como podemos intuir, que até a demente insistência de Uribe sobre o caráter terrorista das FARC, a que o “Presidente lembrou [relacionado com] sua pergunta que a França mantém sua posição de solidariedade da União Européia com relação a caracterização das FARC, e que do ponto de vista da França, o assunto pode ser revisto de acordo com as mudanças de comportamento das FARC”. Como se pode ver sob as luzes o Eliseo não faz uso do termo terrorismo, restando um amplo espaço de negociação política para que a situação mude no curto prazo.

Observando o ocorrido compreendemos melhor a face largada e desolada do motossera paraco Uribe Vélez. Pois foi tão dedicado à França em busca de lã e saiu tosquiado.


*Comunicado de Imprensa do Eliseo

Publicado em 21/01/08 às 13:52

Compte-rendu de l'entretien avec M. Alvaro URIBE, Président de la République de Colombia

Le Président de la République et le Président colombien, M. Alvaro URIBE, se sont entretenus aujourd’hui au Palais de l’Elysée. Leurs échanges ont plus particulièrement porté sur la question des otages et sur les moyens de parvenir à leur libération.

Le Président de la République a remercié son homologue pour avoir facilité la libération récente de deux otages, Mmes Clara Rojas et Consuelo Gonzalez de Perdomo. Il l’a encouragé à poursuivre en ce sens, pour faciliter de nouvelles libérations.

Le Président de la République a réaffirmé à son homologue l’engagement de la France et sa détermination personnelle à contribuer à une solution rapide au drame que vivent les otages. Il l’a encouragé à n’exclure aucun concours utile, pour permettre en particulier la libération sans délai des otages femmes ou malades, dont notre compatriote Ingrid Betancourt.

S’agissant de la facilitation de l’Eglise, le Président de la République a assuré que la France soutenait toutes les initiatives susceptibles de contribuer à la libération des otages. Quant au réengagement direct des « 3 pays » (Suisse, Espagne, France) aux côtés de cette facilitation, le Président de la République a rappelé qu’il pourrait, de son point de vue, être utile si ces efforts de facilitation disposent de garanties d’indépendance et de marges de discussion indispensables à son succès.

Le Président de la République a rappelé à son interlocuteur que la France demeurait solidaire des positions de l’Union européenne s’agissant de la qualification des FARC, et que du point de vue de la France, cette question ne pourrait être réexaminée qu’en fonction d’une évolution du comportement des FARC qu’elle appelle de ses vœux.

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