“Eles eram poucos e nem puderam cantar muito alto a Internacional naquela casa de Niterói, em 1922.
Mas cantaram e fundaram o partido.
Eles eram apenas nove.
O jornalista Astrojildo, o contador Cordeiro, o gráfico Pimenta, o sapateiro José Elias, o vassoureiro Luís Peres, os alfaiates Cendon e Barbosa, o ferroviário Hermogênio e ainda o barbeiro Nequete, que citava Lênin a três por dois.Em todo o país eles não eram mais de setenta.
Sabiam pouco de marxismo mas tinham sede de justiça e estavam dispostos a lutar por ela.
Faz oitenta e cinco anos que isto aconteceu.
O PCB não se tornou o maior partido do Ocidente, nem mesmo do Brasil.
Mas quem contar a história de nosso povo e seus heróis tem que falar dele.
Ou estará mentindo."
(Ferreira Gullar)
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