Muito se tem falado e discutido sobre o filme Tropa de Elite. Argumentos condenando-o e defendendo-o, dos mais variados tipos e naturezas. Alguns dizem se tratar de um retrato fiel da dura realidade do combate ao crime, desempenhado por bravos heróis. Outros dizem se tratar da mais descarada e absurda apologia da tortura, das chacinas, do comportamento psicótico e da mesma postura fascista responsável pela morte de tantos comunistas, judeus e ciganos nos campos de concentração da II Guerra.
Defende-se o diretor, das inúmeras críticas recebidas, alegando tratar-se apenas de uma visão de alguém que está envolvido no confronto, ou seja, do Capitão Nascimento, mas que o filme não justifica nem incentiva aquela prática.
Dessa defesa do diretor do filme temos três conclusões possíveis: 1 – ele está errado, visto que todos que são expostos ao filme saem com inúmeros argumentos sem base, defendendo a tortura e o assassinato, mesmo de inocentes, como única forma de combate ao crime, exceto os que estudam o fenômeno da violência, convivem de perto com a violência policial, ou possuem um sentimento humano mais apurado; 2 – toda a humanidade está errada, apenas o diretor do filme está certo; 3 – o diretor do filme está mentindo descaradamente, em razão de não suportar defender sua postura nitidamente fascista e psicótica de forma aberta, sobretudo depois das intenções do filme restarem tão claras e evidentes.
Até o momento, parece que as duas primeiras opções são impossíveis, restando a mentira descarada como única possibilidade das palavras de defesa desse senhor Padilha. Sobretudo agora, com a “vinda à tona” de mais um elemento demonstrando de forma inequívoca o conteúdo do discurso proferido por tal filme.
Notícia do Jornal O Globo, veículo de informação que até o momento tem feito a defesa do filme, até por razões de posicionamento político de ambos, mostra o efeito que tal versão distorcida e “glamurizada” sobre a violência policial tem ocasionado em jovens e adolescentes submetidos a tal discurso.
Segundo matéria publicada no jornal O Globo, em sua versão “on-line”, no dia 10 de outubro, jovens e adolescentes estariam reproduzindo cenas de tortura e agressões, tão banais e comuns no filme, com seus colegas, não se sabe se de forma encenada, ou de forma mais real, com outros jovens e adolescentes sendo submetidos realmente à tortura, visto o nível de realismo das cenas. Os vídeos com tais seções de tortura são encontrados com facilidade no canal de vídeos do Grupo Google, o Youtube, que por uma questão de bom senso, está optando por tirar do ar tais vídeos.
Entretanto, tirar do ar tais vídeos não resolve o problema que nos é tão real, apenas o recoloca de forma oculta, mantendo o efeito nocivo de tal apologia à criminalidade institucionalizada, na consciência e nas práticas adotadas pela população com menor nível de formação humana, sociológica e filosófica.
Talvez seja necessário reconhecer que o filme cumpre, em grande medida, uma função social da maior importância, que é a revelação desse pensamento de origem fascista e psicótico impregnado na população que hoje faz a defesa de tais práticas para o combate da violência, supostamente crescente, a que somos submetidos.
Mas o comportamento psicótico gerado por tal obra não permite mais a defesa e o discurso que busca desvirtuar o real conteúdo do filme.
Evidente que muitos podem alegar que os filmes de conteúdo violento sempre seduziram o público, como os tão repetitivos “enlatados” hollywoodianos do padrão “Rambo”. Porém é inegável que nenhum dos tais filmes jamais provocou ta comportamento psicótico tão descarado em jovens tidos como normais. Também, nenhum outro filme provocara discurso tão raivoso e tamanha justificação da violência generalizada contra o “estereótipo” do criminoso, curiosamente o mesmo estereótipo do pobre urbano.
Resta, assim, evidenciado mais uma vez, o conteúdo altamente psicótico e fascista do filme, em sua pregação por uma “limpeza social” e de criminalização do combate à violência institucionalizada. E cegos, muitos dos que deveriam gritar mais alto contra a “glamourização” das atrocidades cometidas diariamente contra as populações carentes, ainda se calam ou defendem, no mínimo, uma suposta “inocência” do comportamento de qualificação como inimigo daqueles cuja classe social não domina o aparelho repressivo.
Realmente, os psicopatas, ainda mais quando a serviço de um discurso fascista, seduzem multidões. E talvez isso nos sirva para inocentar os alemães e italianos que deixaram-se seduzir por Hitler e Mussolini, provocando uma das maiores tragédias do século XX, visto que os brasileiros, em sua maioria, parecem estar a reproduzir a mesma lógica social que levou tais assassinos ao poder na Europa.
Defende-se o diretor, das inúmeras críticas recebidas, alegando tratar-se apenas de uma visão de alguém que está envolvido no confronto, ou seja, do Capitão Nascimento, mas que o filme não justifica nem incentiva aquela prática.
Dessa defesa do diretor do filme temos três conclusões possíveis: 1 – ele está errado, visto que todos que são expostos ao filme saem com inúmeros argumentos sem base, defendendo a tortura e o assassinato, mesmo de inocentes, como única forma de combate ao crime, exceto os que estudam o fenômeno da violência, convivem de perto com a violência policial, ou possuem um sentimento humano mais apurado; 2 – toda a humanidade está errada, apenas o diretor do filme está certo; 3 – o diretor do filme está mentindo descaradamente, em razão de não suportar defender sua postura nitidamente fascista e psicótica de forma aberta, sobretudo depois das intenções do filme restarem tão claras e evidentes.
Até o momento, parece que as duas primeiras opções são impossíveis, restando a mentira descarada como única possibilidade das palavras de defesa desse senhor Padilha. Sobretudo agora, com a “vinda à tona” de mais um elemento demonstrando de forma inequívoca o conteúdo do discurso proferido por tal filme.
Notícia do Jornal O Globo, veículo de informação que até o momento tem feito a defesa do filme, até por razões de posicionamento político de ambos, mostra o efeito que tal versão distorcida e “glamurizada” sobre a violência policial tem ocasionado em jovens e adolescentes submetidos a tal discurso.
Segundo matéria publicada no jornal O Globo, em sua versão “on-line”, no dia 10 de outubro, jovens e adolescentes estariam reproduzindo cenas de tortura e agressões, tão banais e comuns no filme, com seus colegas, não se sabe se de forma encenada, ou de forma mais real, com outros jovens e adolescentes sendo submetidos realmente à tortura, visto o nível de realismo das cenas. Os vídeos com tais seções de tortura são encontrados com facilidade no canal de vídeos do Grupo Google, o Youtube, que por uma questão de bom senso, está optando por tirar do ar tais vídeos.
Entretanto, tirar do ar tais vídeos não resolve o problema que nos é tão real, apenas o recoloca de forma oculta, mantendo o efeito nocivo de tal apologia à criminalidade institucionalizada, na consciência e nas práticas adotadas pela população com menor nível de formação humana, sociológica e filosófica.
Talvez seja necessário reconhecer que o filme cumpre, em grande medida, uma função social da maior importância, que é a revelação desse pensamento de origem fascista e psicótico impregnado na população que hoje faz a defesa de tais práticas para o combate da violência, supostamente crescente, a que somos submetidos.
Mas o comportamento psicótico gerado por tal obra não permite mais a defesa e o discurso que busca desvirtuar o real conteúdo do filme.
Evidente que muitos podem alegar que os filmes de conteúdo violento sempre seduziram o público, como os tão repetitivos “enlatados” hollywoodianos do padrão “Rambo”. Porém é inegável que nenhum dos tais filmes jamais provocou ta comportamento psicótico tão descarado em jovens tidos como normais. Também, nenhum outro filme provocara discurso tão raivoso e tamanha justificação da violência generalizada contra o “estereótipo” do criminoso, curiosamente o mesmo estereótipo do pobre urbano.
Resta, assim, evidenciado mais uma vez, o conteúdo altamente psicótico e fascista do filme, em sua pregação por uma “limpeza social” e de criminalização do combate à violência institucionalizada. E cegos, muitos dos que deveriam gritar mais alto contra a “glamourização” das atrocidades cometidas diariamente contra as populações carentes, ainda se calam ou defendem, no mínimo, uma suposta “inocência” do comportamento de qualificação como inimigo daqueles cuja classe social não domina o aparelho repressivo.
Realmente, os psicopatas, ainda mais quando a serviço de um discurso fascista, seduzem multidões. E talvez isso nos sirva para inocentar os alemães e italianos que deixaram-se seduzir por Hitler e Mussolini, provocando uma das maiores tragédias do século XX, visto que os brasileiros, em sua maioria, parecem estar a reproduzir a mesma lógica social que levou tais assassinos ao poder na Europa.
Um comentário:
Stálin vc não coloca no roll dos psicopátas ? E o fidel ? Quer falar de tortura e defender a merda comunismo no mínimo é uma contradição. Já ouviu falar de kulags? Holodomor ?
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