Como todos sabem, as FARC, por questões de logística e segurança dos prisioneiros, procuram separá-los, não mantendo jamais um cativeiro único.
No que se refere à segurança, tal prática se intensificou depois que Uribe, com o assassinato dos 11 deputados do Valle del Cauca, deixou claro que pretende matar todos os prisioneiros para não ter mais qualquer empecilho para o desenvolvimento de sua política terrorista.
Ingrid era, sem dúvida, a prisioneira mais visada, tanto pela repercussão internacional sobre seu caso, como pelas pretensões de Uribe em obter um terceiro mandato, objetivo que poderia se tornar impraticável caso Ingrid fosse libertada e decidisse candidatar-se novamente.
Esse posicionamento de Uribe tornou-se mais claro com as sua recusas em aceitar que as FARC fizessem a libertação, mesmo unilateral, dos prisioneiros, no que tentaram, de todas as formas, impedir a operação Emmanuel, por meio de intensivas operações militares e a intensificação dos habituais bombardeios.
Em razão desses fatores, aliado ao interesse direto de Uribe em ver Ingrid morta, a prisioneira franco-colombiana, conforme relatam os próprios ex-prisioneiros, foi levada para um cativeiro distinto daqueles mais numerosos, em companhia, talvez, de mais um ou dois prisioneiros cuja vida interessa menos a Uribe.
Apesar do caráter itinerante de todos os acampamentos, característica tanto de acampamentos quanto do movimento de guerrilhas, alguns deles se destacam em segurança em razão da natureza de suas atividades não armadas.
Nesse sentido, podemos destacar dois pontos de maior segurança das FARC, que seriam a frente de Marulanda, no Bloco Ocidental, por ser o acampamento sede dos mais numerosos encontros de membros do Estado Maior da guerrilha. De outro lado, a Frente de Reyes, que se destinava às relações internacionais e, não raro, recebia autoridades nacionais, internacionais, veículos de comunicação, dentre outros.
Por certo, o local de maior freqüência de reuniões entre membros do secretariado, inclusive por razões de sobrevivência da organização, não se destinaria a albergar prisioneiros. Assim restaria como local seguro para Ingrid o acampamento de Reyes. Com quem notoriamente Ingrid teve contato por várias vezes.
Vários outros elementos apontam na mesma direção.
Ingrid, segundo contam ex-prisioneiros, estaria bastante debilitada. E a razão de seu frágil estado de saúde seria relacionado a uma profunda depressão, por acreditar que jamais seria libertada, visto as informações sobre a forma como Uribe trata as tentativas de negociação, que ela receberia diariamente.
Sabidamente, o responsável por tais tentativas de estabelecimento de um diálogo seria justamente Reyes. E Ingrid, para ter acesso diário às informações, seria necessário que estivesse no mesmo acampamento em que as informações circulavam diretamente.
Outro fator geográfico alimenta essa quase certeza de que Ingrid estaria no mesmo acampamento que Reyes, pois que por segurança, seria necessário que se estivesse com a mesma em região próxima à fronteira de país cuja orientação do governo não seja a de extermínio de lideranças políticas insurgentes, que favoreçam a saída política para o conflito.
Evidentemente, os países cujas fronteiras teriam tais características seriam Brasil, Venezuela e Equador.
Dentre esses três países, necessário observar que o único cuja fronteira oferece condições de circulação pelo lado colombiano é a do Equador.
Ao norte, com a Venezuela, a região e de controle dos paras, com forte influência das forças armadas e a presença massiva de traficantes, o que torna quase impossível uma circulação segura com prisioneiros pela região.
Já na fronteira com o Brasil, o transporte de drogas é intenso, fazendo com que as FARC tenham inúmeras limitações para evitar combates desnecessários.
Já o sul da Colômbia é área hegemônica das FARC, a única região em que se pode garantir uma maior segurança na circulação com uma prisioneira tão procurada, viva ou morta.
Assim, resta explicada a razão de tal ataque ao acampamento, sobretudo num momento em que Uribe sabia que enfrentaria forte reprovação internacional por seu ato.
Pelas declarações dos recém libertados, a libertação de Uribe era iminente. Portanto tornava-se necessário que Uribe agisse rapidamente exterminando Ingrid. E ao que tudo indica, o fez.
Nas próximas semanas, assim que as comunicações do lado popular tornarem a se ajustar, é quase certo que a notícia seja divulgada, no que Uribe tentará acusar as FARC de terem a matado como represália, o que seria ridículo, bem se sabe.
A essa hora, ao que tudo indica, parece que a possibilidade de paz pode ter morrido, junto com Reyes e Ingrid, cujos corpos foram levados por seus assasinos, segundo o terrorista J.M. Santos, “para evitar que tentassem recuperá-los”.
No que se refere à segurança, tal prática se intensificou depois que Uribe, com o assassinato dos 11 deputados do Valle del Cauca, deixou claro que pretende matar todos os prisioneiros para não ter mais qualquer empecilho para o desenvolvimento de sua política terrorista.
Ingrid era, sem dúvida, a prisioneira mais visada, tanto pela repercussão internacional sobre seu caso, como pelas pretensões de Uribe em obter um terceiro mandato, objetivo que poderia se tornar impraticável caso Ingrid fosse libertada e decidisse candidatar-se novamente.
Esse posicionamento de Uribe tornou-se mais claro com as sua recusas em aceitar que as FARC fizessem a libertação, mesmo unilateral, dos prisioneiros, no que tentaram, de todas as formas, impedir a operação Emmanuel, por meio de intensivas operações militares e a intensificação dos habituais bombardeios.
Em razão desses fatores, aliado ao interesse direto de Uribe em ver Ingrid morta, a prisioneira franco-colombiana, conforme relatam os próprios ex-prisioneiros, foi levada para um cativeiro distinto daqueles mais numerosos, em companhia, talvez, de mais um ou dois prisioneiros cuja vida interessa menos a Uribe.
Apesar do caráter itinerante de todos os acampamentos, característica tanto de acampamentos quanto do movimento de guerrilhas, alguns deles se destacam em segurança em razão da natureza de suas atividades não armadas.
Nesse sentido, podemos destacar dois pontos de maior segurança das FARC, que seriam a frente de Marulanda, no Bloco Ocidental, por ser o acampamento sede dos mais numerosos encontros de membros do Estado Maior da guerrilha. De outro lado, a Frente de Reyes, que se destinava às relações internacionais e, não raro, recebia autoridades nacionais, internacionais, veículos de comunicação, dentre outros.
Por certo, o local de maior freqüência de reuniões entre membros do secretariado, inclusive por razões de sobrevivência da organização, não se destinaria a albergar prisioneiros. Assim restaria como local seguro para Ingrid o acampamento de Reyes. Com quem notoriamente Ingrid teve contato por várias vezes.
Vários outros elementos apontam na mesma direção.
Ingrid, segundo contam ex-prisioneiros, estaria bastante debilitada. E a razão de seu frágil estado de saúde seria relacionado a uma profunda depressão, por acreditar que jamais seria libertada, visto as informações sobre a forma como Uribe trata as tentativas de negociação, que ela receberia diariamente.
Sabidamente, o responsável por tais tentativas de estabelecimento de um diálogo seria justamente Reyes. E Ingrid, para ter acesso diário às informações, seria necessário que estivesse no mesmo acampamento em que as informações circulavam diretamente.
Outro fator geográfico alimenta essa quase certeza de que Ingrid estaria no mesmo acampamento que Reyes, pois que por segurança, seria necessário que se estivesse com a mesma em região próxima à fronteira de país cuja orientação do governo não seja a de extermínio de lideranças políticas insurgentes, que favoreçam a saída política para o conflito.
Evidentemente, os países cujas fronteiras teriam tais características seriam Brasil, Venezuela e Equador.
Dentre esses três países, necessário observar que o único cuja fronteira oferece condições de circulação pelo lado colombiano é a do Equador.
Ao norte, com a Venezuela, a região e de controle dos paras, com forte influência das forças armadas e a presença massiva de traficantes, o que torna quase impossível uma circulação segura com prisioneiros pela região.
Já na fronteira com o Brasil, o transporte de drogas é intenso, fazendo com que as FARC tenham inúmeras limitações para evitar combates desnecessários.
Já o sul da Colômbia é área hegemônica das FARC, a única região em que se pode garantir uma maior segurança na circulação com uma prisioneira tão procurada, viva ou morta.
Assim, resta explicada a razão de tal ataque ao acampamento, sobretudo num momento em que Uribe sabia que enfrentaria forte reprovação internacional por seu ato.
Pelas declarações dos recém libertados, a libertação de Uribe era iminente. Portanto tornava-se necessário que Uribe agisse rapidamente exterminando Ingrid. E ao que tudo indica, o fez.
Nas próximas semanas, assim que as comunicações do lado popular tornarem a se ajustar, é quase certo que a notícia seja divulgada, no que Uribe tentará acusar as FARC de terem a matado como represália, o que seria ridículo, bem se sabe.
A essa hora, ao que tudo indica, parece que a possibilidade de paz pode ter morrido, junto com Reyes e Ingrid, cujos corpos foram levados por seus assasinos, segundo o terrorista J.M. Santos, “para evitar que tentassem recuperá-los”.
2 comentários:
Attention!
Camarada Raul Reyes, PRESENTE!!!
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