sábado, 21 de julho de 2007

O Fim da Poesia

O poeta está morrendo
Salvem o poeta
O amor se perdendo
Salvem o amor

Às escondidas
O amor que não se pratica
As horas perdidas
Desejos contidos

O tédio desesperador
Para essa dor não existe remédio
Exceto os beijos escancarados
Que me negas por pavor

Se o mundo contra nós
Contrariemos o mundo
O enfrentemos por nós
Ou que o amor caia em esquecimento profundo

Calar o coração
Amar em silêncio
Rendição à razão
É só nisso que penso

Não posso e não quero
Amar-te sem me amar
Não renego meu berro
Antes a derrota aceitar

O poeta está morrendo
Pois perdendo a inspiração
O poeta se perdendo
Pois amar não é razão

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