Quase ao mesmo tempo em que morriam dezenas, mais de duas centenas, em um desastre de avião, morriam dezenas em outro desastre rodoviário.
Um avião e um ônibus, separados por algumas dezenas de quilômetros e uma eternidade de atenções.
No ônibus não haviam deputados ou empresários, investidores e executivos, apenas trabalhadores e desempregados.
Aos rodoviários, nenhum psicólogo ou parentes viajando de graça, nenhuma manchete ou minuto de silêncio, nenhuma crise nacional ou atenção do presidente, apenas o anonimato da ausência de holofotes.
Não que pouco me importe com as vidas que voavam sobre nossas cabeças. Mas, amigos rodoviários, parentes e amigos, meus sentimentos, irmãos de cela e de cruz.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário