sábado, 18 de agosto de 2007

O Fim de Mim

“A esperança é a última que morre”
Então a sua morte, significa o fim de tudo
Se não mais há esperança, tudo está perdido
E perdido segue-se para lugar algum

“Meu caminho eu mesmo faço”, dizia eu
Doce ilusão que se acaba
Num momento único, realidade desnudada
Esperança arrancada a ferro e fogo

E agora, o que fazer?
Sobreviver dia após dia
Sem sentido, sem esperança, sem nada

A vida segue seu rumo
Envolta em sombras
Inundada de lágrimas
À deriva em densa escuridão

De alegrias me lembro, infelizmente
Pois se a lembrança perdesse
Ao menos da saudade livrar-me-ia

E agora, o que fazer?
Sobreviver dia após dia
Sem sentido, sem esperança, sem nada

De passo em passo eu vou
Sem objetivos
Sem sonhos
Sem ilusões

Despeço-me de tudo
Tudo quanto desejei
Tudo quanto esperei
Tudo em que acreditei

E agora, o que fazer?
Sobreviver dia após dia
Sem sentido, sem esperança, sem nada

Não se apiedem de mim
Eu mesmo não o faço
Pelo contrário: o ódio
Pela incompetência e incapacidade

“Imbecil, burro, idiota, incapaz”: digam-me
Nada além disso
Apenas um imbecil que se acreditou alguém
Acordei. E hoje, fracassado em tudo, me sei um nada

E agora, o que fazer?
Sobreviver dia após dia
Sem sentido, sem esperança, sem nada

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