Depois de anos acusando o governo Chavez de ditatorial e denunciando supostos ataques à democracia, a oposição venezuelana muda seu discurso e dá indicativo de reconhecimento da condição democrática do país.
Foram fragorosas derrotas sofridas pela oposição desde a primeira eleição de Chavez. A primeira, com a reeleição apenas dois anos após o início do mandato, tendo mais uma reeleição com esmagadora vantagem. Ainda houve uma tentativa de golpe frustrada pela mobilização popular e a vergonhosa derrota no referendo sobre a continuidade ou não, do mandato de Chavez.
Tantas derrotas, ao invés de fazê-los buscar uma alteração de métodos ou discurso que possibilitasse um melhor resultado junto à população, fez com que a oposição endurecesse o discurso acerca da suposta “falta de democracia”, ou dizendo, abertamente, estarem sob uma ditadura. Uma possível simpatia do povo pelas propostas e programas defendidos por Chavez jamais passou pela cabeça dos oposicionistas. A única possibilidade, para eles, era de fraude, manipulação e tantos outros métodos pelos quais o poder foi dominado no país nos cerca de 100 anos anteriores.
Porém, a simples possibilidade de uma alteração do cenário já foi o suficiente para alterar completamente o discurso, pondo por terra as acusações antes feitas contra o governo, de ditatorial e golpista.
No dia 02 de novembro, foi oficialmente aberta a campanha relativa ao plebiscito sobre a reforma constitucional. E desde o início, contrários e favoráveis à reforma foram às ruas, em manifestações públicas. E se alguns questionam o curto tempo de campanha, outros lembram que, na verdade, a campanha já está em curso há tempos, com todos os veículos de comunicação privada fazendo aberta campanha contra a reforma. Mesmo assim, o curto tempo de campanha estava sendo apontado pela oposição como uma forma de restrição à democracia.
Alguém poderia lembrar à oposição venezuelana que apenas o fato de poderem se manifestar e fazer campanha contra uma proposta de reforma constitucional que será submetida a plebiscito, já torna o processo muito mais democrático do que aquele existente em todo o restante do mundo.
Mas não é mais necessário discutir o caráter democrático da consulta popular ou do processo político relacionado, pois a oposição, por pura conveniência, abandonou o discurso relacionado à suposta falta de democracia.
Foram fragorosas derrotas sofridas pela oposição desde a primeira eleição de Chavez. A primeira, com a reeleição apenas dois anos após o início do mandato, tendo mais uma reeleição com esmagadora vantagem. Ainda houve uma tentativa de golpe frustrada pela mobilização popular e a vergonhosa derrota no referendo sobre a continuidade ou não, do mandato de Chavez.
Tantas derrotas, ao invés de fazê-los buscar uma alteração de métodos ou discurso que possibilitasse um melhor resultado junto à população, fez com que a oposição endurecesse o discurso acerca da suposta “falta de democracia”, ou dizendo, abertamente, estarem sob uma ditadura. Uma possível simpatia do povo pelas propostas e programas defendidos por Chavez jamais passou pela cabeça dos oposicionistas. A única possibilidade, para eles, era de fraude, manipulação e tantos outros métodos pelos quais o poder foi dominado no país nos cerca de 100 anos anteriores.
Porém, a simples possibilidade de uma alteração do cenário já foi o suficiente para alterar completamente o discurso, pondo por terra as acusações antes feitas contra o governo, de ditatorial e golpista.
No dia 02 de novembro, foi oficialmente aberta a campanha relativa ao plebiscito sobre a reforma constitucional. E desde o início, contrários e favoráveis à reforma foram às ruas, em manifestações públicas. E se alguns questionam o curto tempo de campanha, outros lembram que, na verdade, a campanha já está em curso há tempos, com todos os veículos de comunicação privada fazendo aberta campanha contra a reforma. Mesmo assim, o curto tempo de campanha estava sendo apontado pela oposição como uma forma de restrição à democracia.
Alguém poderia lembrar à oposição venezuelana que apenas o fato de poderem se manifestar e fazer campanha contra uma proposta de reforma constitucional que será submetida a plebiscito, já torna o processo muito mais democrático do que aquele existente em todo o restante do mundo.
Mas não é mais necessário discutir o caráter democrático da consulta popular ou do processo político relacionado, pois a oposição, por pura conveniência, abandonou o discurso relacionado à suposta falta de democracia.
Segundo Julio Andrés Borges, líder do oposicionista partido Primero Justicia, até mesmo partidários de Chavez estariam em campanha contra a reforma constitucional, com o bordão "Chavez sim, reforma não!".
Pesquisas de opinião popular mostram uma divisão de opiniões entre a população. Uma delas, tida pelos oposicionistas como mais confiável, mostra uma pequena vantagem em favor do governo, com 60% a 57%, tudo dentro da margem de erro.
Tal equilíbrio entre os dois lados, tendo ocasionou o abandono do discurso anterior. Tendo todos os veículos de comunicação em suas mãos, a oposição já começa a acreditar na vitória, tendo como obstáculo apenas a apatia de seus próprios correligionários, que precisam ser convencidos a votar, pois o voto não ser obrigatório na Venezuela.
Com isso, agora a campanha oposicionista se intensifica, não mais ensejando questionamentos acerca da legitimidade e regularidade do pleito.
Tal radical mudança de postura, acaba trazendo um questionamento implícito: a Venezuela tornou-se uma democracia só agora, ou as acusações anteriores eram absolutamente falaciosas?
Faz parecer, essa radical mudança de discurso, que a realidade, para a oposição venezuelana, é descartável, tendo muito mais valor a versão por eles adotada.
E ao final da consulta popular, com todos os votos apurados, uma nova questão ficará a ser respondida: estariam os oposicionistas mentindo sempre, ou resolveram mentir, de forma oportunista, agora?
Por fim, resta comprovada a legitimidade da democracia venezuelana que, ao contrário das acusações anteriores, permite o contraditório e o estabelecimento de posicionamentos diversos. É com seu caráter democrático, permite a plenitude do exercício da vontade popular.
Pesquisas de opinião popular mostram uma divisão de opiniões entre a população. Uma delas, tida pelos oposicionistas como mais confiável, mostra uma pequena vantagem em favor do governo, com 60% a 57%, tudo dentro da margem de erro.
Tal equilíbrio entre os dois lados, tendo ocasionou o abandono do discurso anterior. Tendo todos os veículos de comunicação em suas mãos, a oposição já começa a acreditar na vitória, tendo como obstáculo apenas a apatia de seus próprios correligionários, que precisam ser convencidos a votar, pois o voto não ser obrigatório na Venezuela.
Com isso, agora a campanha oposicionista se intensifica, não mais ensejando questionamentos acerca da legitimidade e regularidade do pleito.
Tal radical mudança de postura, acaba trazendo um questionamento implícito: a Venezuela tornou-se uma democracia só agora, ou as acusações anteriores eram absolutamente falaciosas?
Faz parecer, essa radical mudança de discurso, que a realidade, para a oposição venezuelana, é descartável, tendo muito mais valor a versão por eles adotada.
E ao final da consulta popular, com todos os votos apurados, uma nova questão ficará a ser respondida: estariam os oposicionistas mentindo sempre, ou resolveram mentir, de forma oportunista, agora?
Por fim, resta comprovada a legitimidade da democracia venezuelana que, ao contrário das acusações anteriores, permite o contraditório e o estabelecimento de posicionamentos diversos. É com seu caráter democrático, permite a plenitude do exercício da vontade popular.
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