A situação de extrema convulsão social na Bolívia tem gerado grande preocupação na América Latina e no mundo. Enfrentamentos de rua, desrespeito a todas as instituições, chamamentos ao golpe de Estado, seqüestro, espancamento e tortura de constituintes, discursos racistas e separatismo perfazem o cardápio que a oposição direitista adotou no país.
A situação toda ultrapassou o limite do aceitável há muito. E ainda estão em curso inúmeros atos de radicalização da oposição boliviana. A última estratégia foi a declaração de autonomia dos departamentos controlados pela direita, com a finalidade de se apropriar de todas as riquezas contidas nos mesmos.
A Bolívia tem como principal riqueza o gás e o petróleo, cuja exploração sempre esteve vinculada a empresas estrangeiras, em operações nas quais uma pequena parcela da população boliviana muito lucrou.
As populações indígenas, maioria no país, que se espalhavam por todo o território, foram deslocadas, gradualmente, para regiões do país sem as mesmas riquezas naturais, tão logo sua mão de obra barata não mais fosse indispensável. Essas regiões para onde foram deslocadas quase a totalidade das populações indígenas, ao longo da história, foram deixadas de lado de toda a política de desenvolvimento, se constituindo em regiões pobres e abandonadas.
Através de fortes mobilizações populares, iniciou-se um processo de resgate da dívida histórica do país com essas populações indígenas, com os camponeses e os trabalhadores assalariados, até então marginalizados no país. Evidente que tal alteração na correlação de forças no poder formal pôs a classe dominante do país em verdadeiro pé de guerra.
Assim de desenvolve esse processo de conflito e confrontos sem precedentes no país. E a direita elitista promete aprofundar a radicalização de seus atos até que tenha fim esse processo de ascensão de direitos das camadas populares bolivianas, com a volta dos privilégios de que sempre gozaram os poderosos de outrora.
Com isso, a população boliviana vive uma verdadeira chantagem, segundo a qual a única forma de obter a paz seria conformar-se com as profundas desigualdades do país, aceitando que o Estado continue atuando como mero gestor dos interesses de uma minoria abastada, garantindo a manutenção da imensa maioria populacional na miséria. Esse é o preço que a direita boliviana cobra pela paz. Sem isso, a pequena elite econômica local apoiada em grandes grupos econômicos internacionais e países que atuavam de forma imperialista e colonialista no país, prometem uma verdadeira guerra civil.
Entretanto, o imenso apoio e a imensa mobilização popular em defesa das transformações no país, parecem ser razões suficientes para imaginar que o confronto não é uma alternativa tranqüila mesmo para essa elite.
Talvez em outro momento histórico do país, a chantagem já tivesse surtido efeito, com as populações oprimidas tornando a aceitar a opressão de forma dócil e pacífica. No entanto, a grande efervescência dos movimentos populares parece apontar para o fato de que não há verdadeira paz, sem paz social, sem justiça, sem dignidade.
Ocorre que na Bolívia houve a conscientização de uma grande parcela da população do fato de ser falsa qualquer paz que exponha um determinado setor da sociedade a condições análogas à das vítimas da guerra. Parece que aquela paz, da qual falavam os senhores de escravos de outros tempos por toda a América, quando combatiam os sonhos de liberdade de seus escravos negros, não cabe mais para esse povo que aprendeu a enxergar sua verdadeira força.
A paz na Bolívia só será realmente possível em termos que permitam a plenitude da cidadania de seu povo, por inteiro, com todas as diferenças, com todas as necessidades supridas.
Se alguns sonham com a retomada da opressão, mesmo que pra isso seja necessário construir a guerra, é necessário que o povo boliviano procure a paz, sem medo de que nesse caminho seja necessária a guerra.
Se a direita impõe a opressão como o preço de sua paz, que se faça a guerra, pois a paz do povo não admite a opressão, mesmo que a guerra seja o preço da paz.
A situação toda ultrapassou o limite do aceitável há muito. E ainda estão em curso inúmeros atos de radicalização da oposição boliviana. A última estratégia foi a declaração de autonomia dos departamentos controlados pela direita, com a finalidade de se apropriar de todas as riquezas contidas nos mesmos.
A Bolívia tem como principal riqueza o gás e o petróleo, cuja exploração sempre esteve vinculada a empresas estrangeiras, em operações nas quais uma pequena parcela da população boliviana muito lucrou.
As populações indígenas, maioria no país, que se espalhavam por todo o território, foram deslocadas, gradualmente, para regiões do país sem as mesmas riquezas naturais, tão logo sua mão de obra barata não mais fosse indispensável. Essas regiões para onde foram deslocadas quase a totalidade das populações indígenas, ao longo da história, foram deixadas de lado de toda a política de desenvolvimento, se constituindo em regiões pobres e abandonadas.
Através de fortes mobilizações populares, iniciou-se um processo de resgate da dívida histórica do país com essas populações indígenas, com os camponeses e os trabalhadores assalariados, até então marginalizados no país. Evidente que tal alteração na correlação de forças no poder formal pôs a classe dominante do país em verdadeiro pé de guerra.
Assim de desenvolve esse processo de conflito e confrontos sem precedentes no país. E a direita elitista promete aprofundar a radicalização de seus atos até que tenha fim esse processo de ascensão de direitos das camadas populares bolivianas, com a volta dos privilégios de que sempre gozaram os poderosos de outrora.
Com isso, a população boliviana vive uma verdadeira chantagem, segundo a qual a única forma de obter a paz seria conformar-se com as profundas desigualdades do país, aceitando que o Estado continue atuando como mero gestor dos interesses de uma minoria abastada, garantindo a manutenção da imensa maioria populacional na miséria. Esse é o preço que a direita boliviana cobra pela paz. Sem isso, a pequena elite econômica local apoiada em grandes grupos econômicos internacionais e países que atuavam de forma imperialista e colonialista no país, prometem uma verdadeira guerra civil.
Entretanto, o imenso apoio e a imensa mobilização popular em defesa das transformações no país, parecem ser razões suficientes para imaginar que o confronto não é uma alternativa tranqüila mesmo para essa elite.
Talvez em outro momento histórico do país, a chantagem já tivesse surtido efeito, com as populações oprimidas tornando a aceitar a opressão de forma dócil e pacífica. No entanto, a grande efervescência dos movimentos populares parece apontar para o fato de que não há verdadeira paz, sem paz social, sem justiça, sem dignidade.
Ocorre que na Bolívia houve a conscientização de uma grande parcela da população do fato de ser falsa qualquer paz que exponha um determinado setor da sociedade a condições análogas à das vítimas da guerra. Parece que aquela paz, da qual falavam os senhores de escravos de outros tempos por toda a América, quando combatiam os sonhos de liberdade de seus escravos negros, não cabe mais para esse povo que aprendeu a enxergar sua verdadeira força.
A paz na Bolívia só será realmente possível em termos que permitam a plenitude da cidadania de seu povo, por inteiro, com todas as diferenças, com todas as necessidades supridas.
Se alguns sonham com a retomada da opressão, mesmo que pra isso seja necessário construir a guerra, é necessário que o povo boliviano procure a paz, sem medo de que nesse caminho seja necessária a guerra.
Se a direita impõe a opressão como o preço de sua paz, que se faça a guerra, pois a paz do povo não admite a opressão, mesmo que a guerra seja o preço da paz.
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