Mais uma vez, as FARC demonstram sua extrema disposição ao diálogo e à paz na Colômbia. Há tempos buscando o apoio internacional para pressionar o governo Uribe por um acordo humanitário que permita a libertação de prisioneiros de ambos os lados do conflito, as FARC se aproximaram muito desse objetivo sob a mediação de Chavez e a facilitação da Senadora Piedad Córdoba.
As negociações estavam avançando a passos largos pelo lado das FARC, apesar de todas as dificuldades que o governo colombiano busca impor ao processo, com a inclusão de novas e absurdas exigências diariamente. No entanto, ao compreender que o acordo, sob a mediação de Chavez e a facilitação de Córdoba, em tudo que dependesse das FARC, seria inevitável, sobretudo em razão da pressão e do olhar atento da comunidade internacional, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, tratou de por fim ao processo de negociação, sem maiores explicações, cassando o mandato de negociadores de Chavez e Córdoba.
Porém as iniciativas pelo lado das FARC foram mantidas, intensificando a pressão sobre a comunidade internacional para que levassem o governo colombiano novamente à mesa de negociações.
No mesmo rumo, foi grande parte da comunidade internacional, seja com a reprovação declarada de muitos países, entidades e personalidades contra a atitude de Uribe, seja com o silêncio daqueles de quem o presidente colombiano esperava apoio diante de seu ato injustificado sob ordens de Washington.
Como mais um agravante à situação de Uribe, vieram os familiares dos prisioneiros em poder das FARC declarar seu apoio e confiança na mediação de Chavez e Córdoba, ao mesmo tempo em que denunciavam os crimes e objetivos inconfessáveis do presidente colombiano. Segundo os familiares dos prisioneiros, tudo indicava que os posicionamentos das FARC eram absolutamente confiáveis, além de ser certo que a mediação de Chavez e Córdoba estava obtendo resultados claros, no caminho inevitável da libertação dos prisioneiros.
Poucos dias após a desastrada iniciativa de Uribe pondo fim às negociações, vieram a público as provas de vida dos prisioneiros em poder das FARC, provando definitivamente o avanço das negociações que haviam sido encerradas abruptamente. Esse foi o elemento que faltava para a extrema radicalização dos familiares dos prisioneiros, como também para a amplificação sem precedentes da pressão internacional pela volta das negociações. Ainda assim Uribe se manteve inflexível, em razão de seus diversos interesses na manutenção do conflito e de sua obediência às ordens estadunidenses que desejam a manutenção de sua intervenção militar na região.
Mas tal pressão obrigou Uribe a buscar o ingresso do presidente francês nas negociações, que por sua vez elogiou a gestão de Chavez, convocou a participação brasileira e nicaragüense nas negociações, mais uma vez frustrando os planos de Uribe de fracasso do processo.
A última cartada de Uribe veio com a exigência de libertação de reféns, posto que colocou em dúvida a real intenção da guerrilha em libertá-los posteriormente. Uribe fizera tal exigência na certeza de que as FARC não a atenderiam, pois que é notório que sua própria intenção é de não libertar os prisioneiros em seu poder, o que se tornaria mais fácil depois que as FARC não tivessem mais nenhum prisioneiro para a troca. Mas Uribe subestimou o desejo das FARC pelo acordo humanitário e a inteligência do povo colombiano.
Nessa terça-feira, 18 de dezembro, as FARC divulgaram comunicado, assinado por seu secretariado, informando que serão libertados 3 dos prisioneiros, como forma de comprovação de sua disposição ao acordo. Os prisioneiros libertados serão entregues a Chavez, em data e local não divulgados por razões de segurança.
Comunicado foi enviado à agência de notícias Prensa Latina, com sede em Cuba, no qual constam os prisioneiros que serão libertados como sendo Consuelo González, Clara Rojas, assessora de Ingrid Betancourt, capturada junto com a mesma em 2002 e seu filho, nascido já no cárcere.
A libertação dos três prisioneiros põe fim a qualquer possibilidade de discursos que tentem imputar às FARC qualquer tentativa de inviabilizar as negociações, provando sua disposição para uma solução negociada para o acordo humanitário e para o conflito que já dura mais de 4 décadas.
O comunicado, além de dar essa feliz notícia para os familiares dos prisioneiros, comprovando os esforços da guerrilha em nome da paz, traz as manifestações das FARC quanto ao processo de negociação que se aproxima como inevitável.
Para a guerrilha, é indispensável para a efetivação das negociações a desmilitarização da região de Flórida e Pradera pelo período de 45 dias, para permitir a realização do acordo. As FARC rechaçaram qualquer possibilidade de aceitar a realização das negociações em locais ermos e remotos, como estava a propor o governo Uribe.
A nota ainda lembra que apesar dos discursos do governo em defesa da paz, seus atos têm apontado no sentido oposto, com a intensificação de operações militares e a oferta de recompensa em dinheiro para que guerrilheiros traiam os seus ideais.
As FARC ainda ressaltam a importância que teve a mediação das negociações realizada por Chavez, a quem agradecem por seu imenso esforço em defesa da paz, ainda que a continuidade de seu trabalho tenha sido barrada pela ânsia belicista de Uribe. A nota ainda classifica a atitude do governo colombiano, de cassar o mandato de negociador de Chavez de maneira abrupta, como um verdadeiro atentado diplomático contra o presidente e o povo de uma nação irmã, o povo venezuelano.
Finalizam as FARC, fazendo uma saudação e manifestando seu agradecimento ao presidente francês, Nicolas Sarkozy e aos presidentes latino americanos que têm manifestado sua solidariedade para com o povo colombiano, por uma solução pacífica para o conflito. Também uma lembrança especial aos familiares dos prisioneiros de guerra de ambos os lados, que anseiam pela libertação dos mesmos e pelo fim de seu extremo sofrimento, que começa a ser amenizado pelo ato de libertação promovido pela guerrilha.
Com esse ato e essas declarações, torna-se claro para o povo colombiano e para o mundo, de que lado estão os esforços por um acordo humanitário, pelo fim do sofrimento do povo colombiano e por uma solução pacífica e negociada para o conflito que assola o país a mais de 40 anos.
Espera-se que a paz, com essa demonstração de extrema vontade da guerrilha, esteja mais próxima, com as FARC podendo alcançar o seu objetivo principal que é a paz, que não permite revanchismos ou a volta dos massacres que a originaram na região de Marquetália nos idos de 1948.
As negociações estavam avançando a passos largos pelo lado das FARC, apesar de todas as dificuldades que o governo colombiano busca impor ao processo, com a inclusão de novas e absurdas exigências diariamente. No entanto, ao compreender que o acordo, sob a mediação de Chavez e a facilitação de Córdoba, em tudo que dependesse das FARC, seria inevitável, sobretudo em razão da pressão e do olhar atento da comunidade internacional, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, tratou de por fim ao processo de negociação, sem maiores explicações, cassando o mandato de negociadores de Chavez e Córdoba.
Porém as iniciativas pelo lado das FARC foram mantidas, intensificando a pressão sobre a comunidade internacional para que levassem o governo colombiano novamente à mesa de negociações.
No mesmo rumo, foi grande parte da comunidade internacional, seja com a reprovação declarada de muitos países, entidades e personalidades contra a atitude de Uribe, seja com o silêncio daqueles de quem o presidente colombiano esperava apoio diante de seu ato injustificado sob ordens de Washington.
Como mais um agravante à situação de Uribe, vieram os familiares dos prisioneiros em poder das FARC declarar seu apoio e confiança na mediação de Chavez e Córdoba, ao mesmo tempo em que denunciavam os crimes e objetivos inconfessáveis do presidente colombiano. Segundo os familiares dos prisioneiros, tudo indicava que os posicionamentos das FARC eram absolutamente confiáveis, além de ser certo que a mediação de Chavez e Córdoba estava obtendo resultados claros, no caminho inevitável da libertação dos prisioneiros.
Poucos dias após a desastrada iniciativa de Uribe pondo fim às negociações, vieram a público as provas de vida dos prisioneiros em poder das FARC, provando definitivamente o avanço das negociações que haviam sido encerradas abruptamente. Esse foi o elemento que faltava para a extrema radicalização dos familiares dos prisioneiros, como também para a amplificação sem precedentes da pressão internacional pela volta das negociações. Ainda assim Uribe se manteve inflexível, em razão de seus diversos interesses na manutenção do conflito e de sua obediência às ordens estadunidenses que desejam a manutenção de sua intervenção militar na região.
Mas tal pressão obrigou Uribe a buscar o ingresso do presidente francês nas negociações, que por sua vez elogiou a gestão de Chavez, convocou a participação brasileira e nicaragüense nas negociações, mais uma vez frustrando os planos de Uribe de fracasso do processo.
A última cartada de Uribe veio com a exigência de libertação de reféns, posto que colocou em dúvida a real intenção da guerrilha em libertá-los posteriormente. Uribe fizera tal exigência na certeza de que as FARC não a atenderiam, pois que é notório que sua própria intenção é de não libertar os prisioneiros em seu poder, o que se tornaria mais fácil depois que as FARC não tivessem mais nenhum prisioneiro para a troca. Mas Uribe subestimou o desejo das FARC pelo acordo humanitário e a inteligência do povo colombiano.
Nessa terça-feira, 18 de dezembro, as FARC divulgaram comunicado, assinado por seu secretariado, informando que serão libertados 3 dos prisioneiros, como forma de comprovação de sua disposição ao acordo. Os prisioneiros libertados serão entregues a Chavez, em data e local não divulgados por razões de segurança.
Comunicado foi enviado à agência de notícias Prensa Latina, com sede em Cuba, no qual constam os prisioneiros que serão libertados como sendo Consuelo González, Clara Rojas, assessora de Ingrid Betancourt, capturada junto com a mesma em 2002 e seu filho, nascido já no cárcere.
A libertação dos três prisioneiros põe fim a qualquer possibilidade de discursos que tentem imputar às FARC qualquer tentativa de inviabilizar as negociações, provando sua disposição para uma solução negociada para o acordo humanitário e para o conflito que já dura mais de 4 décadas.
O comunicado, além de dar essa feliz notícia para os familiares dos prisioneiros, comprovando os esforços da guerrilha em nome da paz, traz as manifestações das FARC quanto ao processo de negociação que se aproxima como inevitável.
Para a guerrilha, é indispensável para a efetivação das negociações a desmilitarização da região de Flórida e Pradera pelo período de 45 dias, para permitir a realização do acordo. As FARC rechaçaram qualquer possibilidade de aceitar a realização das negociações em locais ermos e remotos, como estava a propor o governo Uribe.
A nota ainda lembra que apesar dos discursos do governo em defesa da paz, seus atos têm apontado no sentido oposto, com a intensificação de operações militares e a oferta de recompensa em dinheiro para que guerrilheiros traiam os seus ideais.
As FARC ainda ressaltam a importância que teve a mediação das negociações realizada por Chavez, a quem agradecem por seu imenso esforço em defesa da paz, ainda que a continuidade de seu trabalho tenha sido barrada pela ânsia belicista de Uribe. A nota ainda classifica a atitude do governo colombiano, de cassar o mandato de negociador de Chavez de maneira abrupta, como um verdadeiro atentado diplomático contra o presidente e o povo de uma nação irmã, o povo venezuelano.
Finalizam as FARC, fazendo uma saudação e manifestando seu agradecimento ao presidente francês, Nicolas Sarkozy e aos presidentes latino americanos que têm manifestado sua solidariedade para com o povo colombiano, por uma solução pacífica para o conflito. Também uma lembrança especial aos familiares dos prisioneiros de guerra de ambos os lados, que anseiam pela libertação dos mesmos e pelo fim de seu extremo sofrimento, que começa a ser amenizado pelo ato de libertação promovido pela guerrilha.
Com esse ato e essas declarações, torna-se claro para o povo colombiano e para o mundo, de que lado estão os esforços por um acordo humanitário, pelo fim do sofrimento do povo colombiano e por uma solução pacífica e negociada para o conflito que assola o país a mais de 40 anos.
Espera-se que a paz, com essa demonstração de extrema vontade da guerrilha, esteja mais próxima, com as FARC podendo alcançar o seu objetivo principal que é a paz, que não permite revanchismos ou a volta dos massacres que a originaram na região de Marquetália nos idos de 1948.
Um comentário:
só faltam libertas 776 sequestrados agora.
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