sábado, 1 de dezembro de 2007

Mãe de Betancourt sinaliza que gestão do Presidente Chavez por prisioneiros das FARC seguia bem

Por Globovision - de Caracas, Venezuela
Yolanda Pulecio, mãe da colombo-francesa Ingrid Betancourt, feita prisioneira pelas FARC em 2002, assegurou nesse sábado, que a gestão do presidente venezuelano Hugo Chavez, pela libertação dos prisioneiros dessa guerrilha, seguiam bem e por isso viajou a Caracas para agradecê-lo.

“Pensar que tudo ia tão bem, que estava em vias de ser libertada e que tudo tenha sido arruinado de forma tão abrupta pelo presidente me dói na alma, mais vendo a imagem de Ingrid”, disse Pulecio ao se referir à decisão do mandatário colombiano, Álvaro Uribe, de encerrar a gestão de Chavez.

Pulecio, que viajou para encontrar-se com Chavez, juntamente com outros familiares do grupo a pelo menos 45 prisioneiros das FARC, que a guerrilha propõe trocar por 500 guerrilheiros presos, assegurou que as provas de vida de Betancourt e outros 15 prisioneiros foram fruto da mediação do governante venezuelano.

As autoridades colombianas capturaram nessa quinta-feira, em Bogotá, três supostos membros das milícias urbanas das FARC, com seis vídeos, várias fotografias e cartas de 16 prisioneiros, entre eles os estadunidenses Thomas Howes, Marc Gonsalves e Keith Stansell.

“É muito raro o que se passou, que tenham capturado esses jovens” (dois dos jovens capturados junto com um homem), disse Pulecio, ao questionar a operação realizada pelo exército e a fiscalização general.

Em declarações dadas por telefone, a partir de Caracas, à rádio privada Caracol, Pulecio declarou que a situação de sua filha “é muito dolorosa”.

“Oxalá o presidente (Uribe) desça das nuvens e sinta a necessidade que temos de que faça algo por nós e que não tenhamos que vir a outros países buscar coração, compreensão, humanidade, solidariedade, essa é a coisa mais triste que se pode passar a um colombiano”, acrescentou.

De sua parte, Astrid Betancourt, irmã de Ingrid, que também viajou a Caracas, exortou Uribe para que faça uma proposta “contundente” para a busca pela libertação dos prisioneiros.

“Eu Quero dizer ao presidente Uribe é que se ele, apesar do êxito que estava tendo a mediação do presidente Chavez, pôs fim a esta mediação, então que faça uma proposta forte e contundente, mas viável à guerrilha”.

A respeito da converso por telefone anunciada para este sábado entre Uribe e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que confia que desse diálogo saia algo “positivo”.

“Para nós é muito importante que essa prova de vida tenha cegado; obviamente conforta o presidente Sarkozi com toda a a sua vontade de chegar à libertação de Ingrid, que é francesa, mas ele não o está fazendo apenas por Ingrid, mas sim por todos os prisioneiros”, assegurou.

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