O Presidente colombiano Álvaro Uribe despreza os apelos dos familiares de prisioneiros em poder das FARC e silencia sobre possível retorno do Presidente venezuelano Hugo Chavez às negociações para o acordo humanitário na Colômbia.
Na última quinta-feira, familiares da ex-candidata à presidência da Colômbia, a franco-colombiana Ingrid Betancourt, fizeram um apelo público ao Presidente Uribe, pelo retorno de Chavez às negociações pelo acordo humanitário. O apelo foi endossado pelos familiares de outros prisioneiros, pela Federação Internacional dos Comitês de Apoio à Betancourt e pelo próprio governo francês.
Segundo os familiares de prisioneiros, as provas de vida de seus familiares em poder das FARC, apreendidas com supostos integrantes da guerrilha, seriam a prova de os guerrilheiros estariam reunindo as provas solicitadas por Chavez e Piedad Córdoba durante sua mediação para o acordo humanitário. Tal atitude da guerrilha seria a prova de que a mediação da Senadora colombiana e do Presidente venezuelano estaria obtendo absoluto êxito.
A mediação de Chavez e Córdoba foi encerrada, de maneira abrupta, pelo governo Uribe, logo após esse ter se recusado inúmeras vezes em fazer qualquer concessão no processo de negociação. As atitudes do governo colombiano durante aquele período de negociações demonstrou o completo desinteresse de Uribe pelas negociações e por um possível acordo para a troca de prisioneiros.
Agora, diante dos apelos internacionais pelo retorno de Chavez e Córdoba à mediação nas negociações pelo acordo humanitário, Uribe torna a mostrar que não possui nenhum interesse no sucesso do processo de negociação ou em qualquer solução do conflito ou acordo humanitário com a troca de prisioneiros. Apesar de todos os apelos, Uribe silencia sobre qualquer possibilidade de retomar o processo encerrado de forma unilateral.
Durante o processo de negociação, o governo Uribe, insistentemente, tratou de criar inúmeros impasses. Inicialmente, exigiu provas de vida dos prisioneiros em poder das FARC, exigência que também foi feita por Chavez e Córdoba, com a qual os negociadores das FARC haviam concordado.
Entretanto, Uribe se recusava a permitir que Chavez se reunisse com o principal dirigente das FARC, Marulanda, na tentativa de inviabilizar as negociações.Ainda, esse período foi marcado por uma intensificação dos ataques militares contra áreas de influência das FARC, incluindo populações civis inteiras em áreas indígenas.
Ao observar que suas tentativas de inviabilizar o diálogo foram frustradas, como também não havia respaldo em sua negativa ao encontro de Chavez com Marulanda, Uribe criou novas exigências inaceitáveis, estabelecendo como critério para o prosseguimento do diálogo, a libertação prévia de todos os prisioneiros em poder das FARC, esvaziando justamente o tema das negociações que estavam em curso, que era a troca de prisioneiros. Mas tais sabotagens sequer receberam a atenção das FARC, ou dos mediadores Chavez e Córdoba, por quão absurdas eram.
Com o prosseguimento dessas negociações, que jamais interessaram de verdade a Uribe, surgiu a necessidade do governo colombiano radicalizar em suas tentativas de inviabilizar o acordo. E foi nessa tentativa que, no final do mês de outubro, Uribe estabeleceu novos obstáculos, ainda estabelecendo prazo até 31 de dezembro para o fim das negociações mediadas por Chavez e Córdoba. Foi nesse momento que entecipamos que estariam sendo encerradas as negociações do acordo humanitário na Colômbia.
Ainda assim, Uribe sentiu a necessidade de dar o golpe final no processo de negociação, encerrando de forma injustificada e sem qualquer explicação, o mandato de Córdoba e Chavez como mediadores da negociação, o que chegou a gerar um forte conflito diplomático entre Colômbia e Venezuela.
Agora, diante da pressão e dos apelos internacionais pelo retorno de Chavez e Córdoba às negociações, em razão do comprovado sucesso de sua mediação, Uribe não só silencia quanto a tal possibilidade, como busca desviar a atenção, apelando por suposta facilitação do governo francês, que ele conclama a auxiliá-lo em tal encenação.
É certo que o governo francês é dos maiores interessados nas negociações, em razão do cárcere de uma sua cidadã. Também é certo que a França, apesar de dirigida por Sarkozy, representante de uma direita conservadora, possui longa tradição de tratamento democrático em suas relações exteriores contemporâneas, o que a conduz ao caminho do diálogo. Entretanto, o próprio governo francês reconhece implicitamente a sua incapacidade de mediar tal processo de negociação, em razão do distanciamento quanto a realidade do conflito colombiano, no que continuou a apoiar a mediação de Chavez, conforme declarações de Sarkozy em conjunto com familiares de Betancourt.
Uribe divulgou que hoje conversaria com o presidente francês, pedindo seu apoio para o prosseguimento das negociações, tentando demonstrar para o público internacional um falso interesse na continuidade das negociações e no sucesso do acordo humanitário. Mas se mantém calado quanto as provas do sucesso da mediação de Chavez e quanto aos apelos dos familiares dos prisioneiros.
Evidentemente, a França, com toda a sua experiência em conflitos internacionais, não aceitará participar de tal teatro. E a farsa de Uribe continuará a ser desmontada para o público internacional e colombiano. Resta saber até quando Uribe continuará com sua política de inviabilizar o diálogo, mantendo o seu extremo militarismo e a política de terrorismo de Estado.
Mas o que fica como marca da atual situação, é a comprovação absoluta e inequívoca, de que é o governo colombiano, liderado por Uribe, que busca a perpetuação do conflito e do sofrimento do povo da Colômbia, na esperança de justificar eternamente o seu acobertamento do negócio internacional do tráfico de drogas e a intervenção político-militar estadunidense na Colômbia, na região amazônica e na América Latina, ainda que já completamente desmascarada frente a todo o povo colombiano a toda a comunidade internacional.
É necessária agora, mais do que nunca, a mobilização do povo colombiano em defesa do acordo humanitário. E também é necessária a pressão internacional de todos os povos do mundo e da América Latina, em defesa das negociações pelo fim do sofrimento dos colombianos, com a mediação de Chavez e Córdoba e com o reconhecimento das FARC como uma legítima e justa luta popular de um povo.
Na última quinta-feira, familiares da ex-candidata à presidência da Colômbia, a franco-colombiana Ingrid Betancourt, fizeram um apelo público ao Presidente Uribe, pelo retorno de Chavez às negociações pelo acordo humanitário. O apelo foi endossado pelos familiares de outros prisioneiros, pela Federação Internacional dos Comitês de Apoio à Betancourt e pelo próprio governo francês.
Segundo os familiares de prisioneiros, as provas de vida de seus familiares em poder das FARC, apreendidas com supostos integrantes da guerrilha, seriam a prova de os guerrilheiros estariam reunindo as provas solicitadas por Chavez e Piedad Córdoba durante sua mediação para o acordo humanitário. Tal atitude da guerrilha seria a prova de que a mediação da Senadora colombiana e do Presidente venezuelano estaria obtendo absoluto êxito.
A mediação de Chavez e Córdoba foi encerrada, de maneira abrupta, pelo governo Uribe, logo após esse ter se recusado inúmeras vezes em fazer qualquer concessão no processo de negociação. As atitudes do governo colombiano durante aquele período de negociações demonstrou o completo desinteresse de Uribe pelas negociações e por um possível acordo para a troca de prisioneiros.
Agora, diante dos apelos internacionais pelo retorno de Chavez e Córdoba à mediação nas negociações pelo acordo humanitário, Uribe torna a mostrar que não possui nenhum interesse no sucesso do processo de negociação ou em qualquer solução do conflito ou acordo humanitário com a troca de prisioneiros. Apesar de todos os apelos, Uribe silencia sobre qualquer possibilidade de retomar o processo encerrado de forma unilateral.
Durante o processo de negociação, o governo Uribe, insistentemente, tratou de criar inúmeros impasses. Inicialmente, exigiu provas de vida dos prisioneiros em poder das FARC, exigência que também foi feita por Chavez e Córdoba, com a qual os negociadores das FARC haviam concordado.
Entretanto, Uribe se recusava a permitir que Chavez se reunisse com o principal dirigente das FARC, Marulanda, na tentativa de inviabilizar as negociações.Ainda, esse período foi marcado por uma intensificação dos ataques militares contra áreas de influência das FARC, incluindo populações civis inteiras em áreas indígenas.
Ao observar que suas tentativas de inviabilizar o diálogo foram frustradas, como também não havia respaldo em sua negativa ao encontro de Chavez com Marulanda, Uribe criou novas exigências inaceitáveis, estabelecendo como critério para o prosseguimento do diálogo, a libertação prévia de todos os prisioneiros em poder das FARC, esvaziando justamente o tema das negociações que estavam em curso, que era a troca de prisioneiros. Mas tais sabotagens sequer receberam a atenção das FARC, ou dos mediadores Chavez e Córdoba, por quão absurdas eram.
Com o prosseguimento dessas negociações, que jamais interessaram de verdade a Uribe, surgiu a necessidade do governo colombiano radicalizar em suas tentativas de inviabilizar o acordo. E foi nessa tentativa que, no final do mês de outubro, Uribe estabeleceu novos obstáculos, ainda estabelecendo prazo até 31 de dezembro para o fim das negociações mediadas por Chavez e Córdoba. Foi nesse momento que entecipamos que estariam sendo encerradas as negociações do acordo humanitário na Colômbia.
Ainda assim, Uribe sentiu a necessidade de dar o golpe final no processo de negociação, encerrando de forma injustificada e sem qualquer explicação, o mandato de Córdoba e Chavez como mediadores da negociação, o que chegou a gerar um forte conflito diplomático entre Colômbia e Venezuela.
Agora, diante da pressão e dos apelos internacionais pelo retorno de Chavez e Córdoba às negociações, em razão do comprovado sucesso de sua mediação, Uribe não só silencia quanto a tal possibilidade, como busca desviar a atenção, apelando por suposta facilitação do governo francês, que ele conclama a auxiliá-lo em tal encenação.
É certo que o governo francês é dos maiores interessados nas negociações, em razão do cárcere de uma sua cidadã. Também é certo que a França, apesar de dirigida por Sarkozy, representante de uma direita conservadora, possui longa tradição de tratamento democrático em suas relações exteriores contemporâneas, o que a conduz ao caminho do diálogo. Entretanto, o próprio governo francês reconhece implicitamente a sua incapacidade de mediar tal processo de negociação, em razão do distanciamento quanto a realidade do conflito colombiano, no que continuou a apoiar a mediação de Chavez, conforme declarações de Sarkozy em conjunto com familiares de Betancourt.
Uribe divulgou que hoje conversaria com o presidente francês, pedindo seu apoio para o prosseguimento das negociações, tentando demonstrar para o público internacional um falso interesse na continuidade das negociações e no sucesso do acordo humanitário. Mas se mantém calado quanto as provas do sucesso da mediação de Chavez e quanto aos apelos dos familiares dos prisioneiros.
Evidentemente, a França, com toda a sua experiência em conflitos internacionais, não aceitará participar de tal teatro. E a farsa de Uribe continuará a ser desmontada para o público internacional e colombiano. Resta saber até quando Uribe continuará com sua política de inviabilizar o diálogo, mantendo o seu extremo militarismo e a política de terrorismo de Estado.
Mas o que fica como marca da atual situação, é a comprovação absoluta e inequívoca, de que é o governo colombiano, liderado por Uribe, que busca a perpetuação do conflito e do sofrimento do povo da Colômbia, na esperança de justificar eternamente o seu acobertamento do negócio internacional do tráfico de drogas e a intervenção político-militar estadunidense na Colômbia, na região amazônica e na América Latina, ainda que já completamente desmascarada frente a todo o povo colombiano a toda a comunidade internacional.
É necessária agora, mais do que nunca, a mobilização do povo colombiano em defesa do acordo humanitário. E também é necessária a pressão internacional de todos os povos do mundo e da América Latina, em defesa das negociações pelo fim do sofrimento dos colombianos, com a mediação de Chavez e Córdoba e com o reconhecimento das FARC como uma legítima e justa luta popular de um povo.
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